Lançamento do Edital Azeviche

  • Tipo da Atividade: Evento Cultural e Formação
  • Data: 15/06/2024
  • Participantes: 135
  • Parceiros: Associação Afoxé Filhos de Gandhy, FAPESB, SEPROMI e o Museu Eugênio Teixeira Leal
  • Local: Museu Eugênio Teixeira Leal – Salvador – BA

O lançamento do Edital Azeviche, realizado pelo Comitê de Cultura do Estado da Bahia em parceria com a Secretaria de Promoção à Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (SEPROMI) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (FAPESB), configura-se como uma ação estratégica para o fortalecimento do empreendedorismo cultural entre povos e comunidades tradicionais, alinhando-se diretamente aos objetivos do Plano Nacional de Cultura (PNCC). A iniciativa visa ampliar o acesso a políticas públicas destinadas a fomentar a economia criativa, com ênfase na valorização de saberes ancestrais e na geração de renda sustentável. Ao priorizar grupos quilombolas, pessoas de santo e demais representantes da cultura tradicional, o edital promove a inclusão sociocultural e econômica, contribuindo para a redução das desigualdades regionais e sociais, um dos pilares centrais do PNCC.

A atividade fortalece a comunicação popular e acessível ao disponibilizar formações futuras sobre elaboração de projetos e orientações para acessar recursos públicos, combatendo a desinformação e democratizando o conhecimento sobre mecanismos de fomento. Esse processo educacional, associado à divulgação do edital, estimula a participação cidadã e a formação de redes colaborativas entre estados e municípios, reforçando as instâncias de deliberação do Sistema Nacional de Cultura.

Ao fomentar a criação de empreendimentos culturais inovadores por meio de subvenções e bolsas, o Edital Azeviche impulsiona o desenvolvimento econômico local, alinhando-se à meta de distribuição de riqueza e geração de trabalho no setor. A iniciativa também contribui para o mapeamento de agentes culturais atuantes, identificando demandas e potencialidades desses grupos, subsidiando políticas públicas futuras.

A atuação do Comitê de Cultura na concepção e execução do evento evidencia a importância de mobilizações institucionais que articulam sociedade civil, gestores públicos e lideranças tradicionais, promovendo inovações em participação social. Ao integrar saberes locais a estratégias de empreendedorismo, a ação não somente preserva o patrimônio imaterial da Bahia, mas também o transforma em vetor de transformação social, conectando tradição, inovação e desenvolvimento sustentável.

A metodologia adotada para a mobilização priorizou a articulação de redes construídas ao longo dos primeiros meses do projeto, fortalecendo parcerias pré-existentes da OSC Celebrante com entidades culturais, movimentos sociais e lideranças tradicionais. Por meio de contatos individualizados, mensagens diretas e convites personalizados, garantiu-se a participação qualificada de representantes de quilombos, terreiros, grupos artísticos e instituições públicas no evento de lançamento. Essa abordagem reforçou o caráter colaborativo da ação, assegurando que vozes historicamente marginalizadas ocupassem espaço central no diálogo sobre políticas culturais.

No dia do evento, o momento institucional contou com a presença de legisladores, gestores públicos e representantes do público-alvo, destacando-se a atuação do Comitê de Cultura como mediador entre saberes tradicionais e políticas de inovação tecnológica. Em sua fala, o Comitê ressaltou a importância estratégica de integrar cultura, ciência e tecnologia no desenvolvimento da Bahia, posicionando os povos e comunidades tradicionais não apenas como guardiões de patrimônios imateriais, mas como protagonistas na criação de soluções inovadoras para desafios contemporâneos. A divulgação do ciclo de formação do Comitê reforçou o compromisso com a capacitação técnica desses grupos, democratizando o acesso a editais e mecanismos de fomento que conectam tradição e empreendedorismo.

O encerramento com a apresentação do grupo Gira Delas, referência no samba junino – manifestação reconhecida como patrimônio cultural baiano –, simbolizou a conexão entre herança ancestral e inovação. A riqueza rítmica e narrativa dessa expressão artística, que sintetiza resistência e criatividade popular, foi apresentada como exemplo de como a cultura tradicional pode inspirar novas linguagens e modelos de negócios na economia criativa. A performance evidenciou que a salvaguarda dessas manifestações não se limita à preservação, mas inclui sua reinserção crítica no contexto tecnológico atual, transformando saberes comunitários em ferramentas de transformação social e desenvolvimento sustentável.

A atividade promoveu a integração entre agentes culturais, gestores públicos e comunidades tradicionais, fortalecendo redes de colaboração que ampliaram a representatividade de grupos historicamente marginalizados em espaços estratégicos. A presença de lideranças quilombolas, representantes de terreiros, artistas e instituições estaduais consolidou um ambiente de diálogo plural, onde saberes ancestrais foram reconhecidos como pilares para inovações sociais e econômicas. Essa sinergia entre tradição e desenvolvimento contemporâneo evidenciou a cultura como vetor de transformação, conectando práticas comunitárias a oportunidades de empreendedorismo sustentável.

A explicação detalhada do Edital Azeviche, conduzida pela FAPESB, possibilitou que participantes compreendessem mecanismos de acesso a recursos públicos, capacitando-os a formalizar projetos alinhados às suas realidades. A orientação técnica sobre critérios e etapas do edital democratizou conhecimentos essenciais, estimulando a profissionalização de iniciativas culturais e incentivando a participação ativa de artistas e empreendedores em políticas de fomento. Essa ação reforçou a importância de processos educativos que aproximam o Estado da sociedade civil, garantindo transparência e equidade no acesso a oportunidades.

A comunicação do evento priorizou estratégias presenciais e linguagem acessível, utilizando expressões culturais como o samba junino do grupo Gira Delas para engajar o público. A apresentação artística, reconhecida como patrimônio cultural baiano, simbolizou a potência da tradição como inspiração para modelos inovadores, integrando identidade local a projetos criativos. A abordagem reforçou a valorização simbólica das manifestações populares, demonstrando como a cultura pode ser instrumento de diálogo e mobilização social.

Mais de 100 pessoas de Povos e/ou Comunidades Tradicionais reunidas no Pelourinho para discutir ciência, inovação e tecnologia.

 

 

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